Mount & Blade: Warband | Visão Geral | Bichos Geeks

Testando Mount & Blade: Warband

Estamos aproveitando para experimentar com o canal do Bichos Geeks, fazendo vídeos curtos com a visão geral dos jogos + a transcrição do texto. Segue a apresentação do jogo e o que aprendi e experimentei depois de mais ou menos um mês jogando:

Algumas coisas que não mencionei durante o vídeo: Joguei o Mount & Blade “vanilla”, ou seja, sem mods para fazer a review, mas antes de gravar o vídeo instalei um mod que modifica a aparência das personagens. No final não gostei muito, porque elas ficam com uma cara bem caricata que destoa dos outros lordes.

Antes dos mods, assim que instalei o Warbsnd e fui jogar, fui recebida por este lindo céu bugado e soube que amaria o jogo. É por isso, também, que no vídeo vocês vão ver que a água está com umas texturas/padrões estranhos. São vacas.

Parece que isso é causado por conflitos no OpenGL. Não quis consertar, pois assim posso batalhar sentindo que tem uma deusa me julgando.

Transcrição do vídeo

Obs: Está parafraseada.

Mount & Blade: Warband é um jogo de 2010 desenvolvido pela TaleWorlds Entertainment, uma desenvolvedora turca. Warband é uma expansão stand-alone (não precisa do jogo base) do primeiro jogo da franquia Mount & Blade, lançado em 2007, e trouxe melhoras e novas features como animações, multiplayer, mais tipos de itens e facções de personagens.

Vou me referir ao jogo como Mount & Blade aqui por praticidade, mas estou jogando e mostrando aqui o Warband.

Este é um jogo de ação e RPG num sandbox, conhecido por reproduzir certa fidelidade histórica nos combates (tanto a pé como montado, e nas estratégias em cercos ou sieges para atacar ou defender feudos.) Há 6 facções distribuídas pelo mapa disputando o poder, e o elemento sandbox fica em como as ações dos NPCs e suas definem desde a delimitação do território até a economia de Calradia, o território do jogo.

Você começa o jogo customizando a aparência e sexo do personagem, além de responder algumas perguntas sobre a história de fundo dele ou dela, para começar a definir seus atributos de personagem. Se você informar que seu pai foi um nobre, seu personagem recebe pontos de carisma e inteligência, além de ser visto como alguém de mais renome para receber feudos de um rei. Se ele foi um caçador, você é um “zé ninguém,” porém recebe pontos em agilidade e força.

Independente das suas escolhas, você começa o jogo em uma cidade e tem a oportunidade de começar a construir um pequeno exército em volta de si. Estes soldados podem ser recrutados em vilas, ou recrutados em tavernas. Explorando Calradia, você encontra lordes e reis comandando seus exércitos para guerras, festas e torneios. Bandidos, aldeões e caravanas de comerciantes também cruzarão o seu caminho, e você pode escolher viver a vida como um mercador, transportando bens por Calradia, como um mercenário ou vassalo a serviço de um dos reis, ou até fundar o seu próprio reino e tentar a sorte em guerras e alianças com os outros lordes.

Sua reputação é construída de acordo com suas vitórias e derrotas, a importância dos inimigos que derrota, e ações honrosas ou controversas como liberar prisioneiros ou saquear vilas. As personalidades dos lordes e o fato de você ser homem ou mulher no jogo também enriquecem a maneira como o mundo responde às suas ações. Ser uma mulher torna mais difícil conseguir a aprovação dos lordes e reis, assim como você também precisa se provar mais do que um homem para conseguir o direito a um feudo. Também não é tão fácil escolher um marido por “amor,” pois muitos simplesmente não aceitam uma esposa que participe de batalhas. MAS, caso você se case com um lorde que possui uma cidade ou castelo, você ganha diversas vantagens que um personagem homem não consegue com o casamento.

Para os seus soldados, o que vale é a moral: Um líder que participa ativamente das batalhas, paga os salários em dia e não foge inspira mais confiança do que um que passa muitos meses sem batalhar e não se preocupa em alimentar o próprio exército.

Você também pode encontrar até 16 heróis nas tavernas, que são NPCs únicos que se comportam como tropas normais, mas que nunca morrem (só desmaiam) e geralmente são especializados em certas habilidades que podem ajudar a sua party. Eles também vem com uma história de fundo e interagem com os outros heróis do exército, podendo até abandonar o seu grupo se não aprovarem um dos outros heróis – mas eles te avisarão antes.

Mesmo sendo um jogo de mais de 10 anos, acredito que ele ainda seja um dos melhores para quem busca experimentar mais realismo em combates medievais. Um golpe de espada certeiro pode matar seu personagem instantaneamente, seguindo modelos como o Chivalry. A direção de cada ataque ou bloqueio também pode ser controlada, semelhante ao mais contemporâneo For Honor. Para um combate montado usando arco e flecha, suas habilidades, a velocidade e direção do cavalo definirão o arco feito pela flecha. É bem complexo.

Na hora das batalhas, você pode controlar a formação das suas tropas e partir para combates de até 150 personagens no total. Gostei MUITO de como nunca memorizei estratégias de combate antigas até jogar Mount & Blade e ir estudando o que fazer. Eles também podem ser muito imersivos e emocionantes, não há nada como conquistar um castelo sozinha. É um jogo extremamente recompensador, apesar de difícil.

A dificuldade também pode ser moldada de acordo com o modo que deseja jogar. Ela vai além de só um modo easy/normal/hard, permitindo aumentar ou diminuir o número de soldados em combate ao mesmo tempo, a dano que você causa em friendly fire e que os inimigos causam em você, e se o controle da direção dos seus ataques e bloqueios é automático.

Dica: Para descer do cavalo, olhe para ele e pressione F. TODOS NÓS FICAMOS PRESOS NO CAVALO NO COMEÇO, TÁ TUDO BEM.

No mais, o jogo tem uma lista grande de mods que introduzem desde elementos de dificuldade e diplomacia, como fantasia ou novos modos de jogo inspirados em Senhor dos Anéis ou até Star Wars.

Atualmente, em março de 2018, Mount & Blade: Bannerlord é a sequência da série e ainda está em desenvolvimento. Ele se passa 200 anos antes do Warband, mostrando os últimos anos do império calradiano, e como as facções que vimos nos outros jogos surgiram. Por enquanto sabemos pouco sobre o jogo, mas ele traz um novo sistema de crafting, mais opções de diplomacia, novas estratégias para cerco.

Vale a pena jogar Mount & Blade?

É um jogo velho e com controles não muito fluidos. Achei isso pior ainda no começo do jogo, quando suas skills são baixas e coisas como andar de cavalo ou mirar com o arco ou atirar uma lança fica mais difícil do que se dependesse apenas dos controles. A partir dos 80 pontos de habilidade em arquearia comecei a entender que nem tudo era culpa dos controles.

De qualquer maneira, este ainda é um jogo que recomendo, e o queridinho dos fãs de RPGs medievais. É incrível como ele ainda reproduz um espaço de jogo que parece orgânico. O modo feminino é uma das minhas coisas prediletas, também. Para mim, Warband tem uma das representações mais sensíveis de uma sociedade conservadora, mas sem cortar a possibilidade de jogar como uma mulher, deixar de respeitar mulheres e jogadoras reais ou afetar o gameplay de maneira negativa.

No mais, os mods, DLCs e spin-offs também expandem o jogo, apesar de eu não ter falado deles aqui; e todos eles entram em promoção constantemente, para quem gosta de barganhas.

 

2 comments

  1. Voltei a jogar esses dias, estava sem jogar desde 2010. E 11 anos depois esse jogo ainda continua muito bom. Tive que procurar algumas dicas porque naquela época eu jogava em inglês e não entendia nada. Agora coloquei tradução e o jogo ficou show. Mas tive que procurar algumas dicas também pra não errar no começo hashahsa

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